Já dizia o ditado que cada país tem o político que merece e Cabo Verde não me parece que é uma excepção à regra. Quando há menos de dois anos entrei no super-mercado Calú e Ângela para fazer compras com a minha irmã, não faltaram palavras como: "xiiii", "foda-se", "avé Maria" e por aí fora. Nunca esquecerei do preço de sphagetti. Não escapei à tentação de comparação e afirmo que maioria dos produtos alimentares são mais caros em Cabo Verde do que em Portugal. Disso ninguém ou pouco se fala.
Agora que a gasolina bateu um preço record no país da morabeza, recebo logo um feed de indignação no meu Facebook e comentários de todos os géneros nos jornais onlines e redes sociais. Deu-me vontade de rir da minha juventude e de mim mesmo; daqueles que fizeram a campanha energicamente para a eleger um cambada de palhaços que chamamos ministros, deputados e secretários; daqueles que elegeram um cambada de necrófagos republicana; daqueles incapazes de sacudir um sistema falido, que o alimenta e que agora armam-se em virgens ofendidos.
Nah, dan gana manda um puta que pari propi! E o preço de arroz, massa, açucar, leite e outros preços pornográficos existentes em Cabo Verde? Pois, pobres não têm carros! Sei das influências de uma e outra coisa..., é claro que um gajo lá no interior vai largar a sua pequena horta que depende do gasóleo para retirar a água doço com destino à Praia.
Enquanto isso, os decisores barrigudos, com toda a mordomia e bem servidos à custa dos zombies, vão aumentado o preço de combustíveis. Tem algum mal nisso?
